sábado, 19 de abril de 2008

Onisciência

Acho de uma idiotice, quando falam que milhares de crianças pobres são barbarizadas e ninguém se indigna. Que só nos indignamos quando é uma criança rica e bela. Parece que só eles sabem que milhares de outras crianças/adultos são violentados todos dias. Bem, eu particularmente não tenho o dom da onisciência. Embora saiba que nesse momento uma criança/adulto esteja sendo assassinado, não tenho como saber exatamente onde ou como impedir. Somente quando divulgado na mídia temos "rostos" para o qual direcionarmos nossa indignação. Obvio que parte da midia distorce e é mercenaria. É obvio que percebo que a capa da Veja foi oportunista, irresponsável e mercenaria, e que a maioria dos "justiceiros" da mídia não passam de um bando de abutres carniceiros; eu não sou um retardado.. Mas quando se foca em um caso em particular, ele serve de referencia para todos os outros. Ou alguem aqui não se indigna quando uma criança pobre é violentada? Ou somente crianças ricas e belas os indignaria se sofresse alguma violencia? E a mídia mostra sim casos envolvendo pobres. Cabe a imprensa "filtrar" aquilo que possa servir de referencial/exemplo para todos os outros, e com isso tentar alertar a outros possíveis crápulas que nós, sociedade, não toleramos essas barbaridades. Talvez com isso possa se evitar algumas tragedias. Pois mesmo a imprensa não tem como cobrir todos os acontecimentos relevantes do mundo. Infelizmente muita coisa fica de fora, as vezes por interesses mesquinho e pessoais, mas é impossível cobrir tudo.
O que sugerem então? Que já que não dá para mostrar tudo, que não se mostre nada!!?? Poxa, boa solução hein!!?! Quem sabe não mostrando nada, vivamos felizes em um mundo em que não se vê nada que nos indigne.
Afinal pra que mostrar essas coisas tão feias, né!? Tem um outro grupo de pessoas que também apoiam essa solução: Os criminosos. Alguns politicos atuais também adorariam essa solução. Ou mostra também o roubo dos outros partidos ou não mostra nada, pó. Afinal eles também roubaram.

E dizem também que logo esqueceremos tudo ou que será substituido por um novo caso, etc.
Não, não esquecemos, não. Simplesmente, temos que continuar tocando nossas vidas, nossa luta pela sobrevivencia, mas esses casos permanecem indeléveis em nossas almas e nós guiam em nossos atos futuros, ao menos comigo é assim.

Outra coisa. Parece que acham também que se as pessoas saem as ruas nesses casos de maior cobertura da mídia, ignoram todos os outros que não são cobertos. Que também somos alienados em relação a todos os outros problemas do Brasil e do mundo (corrupção, trafico, desvio de verbas, etc).
Eu tenho consciência de todas essas misérias que nos afligem, e ajo sim com intenção de minimiza-las. Como? Votando, fazendo doações para instituições de caridade, hospitais (eu faço periodicamente doações para um hospital aqui de minha cidade), compra de material escolar para crianças desafortunadas de minha vizinhança, etc. Porém não sou multibilionário e nem um super homem. Tenho minhas limitações físicas e financeiras. Faço dentro do meu possível.

Deixo porém de pensar em mim próprio?? Não! Continuo me divertindo, buscando lazer, e prazeres pessoais, pois acredito que com excessões de santos, nos é impossível viver somente sofrendo as dores dos outros. Faz-se necessário que reservemos uma parte do tempo para cuidarmos de nós mesmo. Isso não é egoismo e nem alienação, é simplesmente uma forma de preservarmos nossas saúdes física e mental. Pois somente com boa saúde, podemos também lutar por outrem e consequentemente, por nós mesmos.

Outra coisa que me irrita é pegar casos de imbecís que só querem aparecer e usa-los para desqualificar qualquer outra pessoa que proteste. Imbecís são uma raça farta nesse mundo, mas não devemos pautar nossas ações em função deles. Se os mesmos utilizarão de um ato nobre para fins proprio ou torpes, devemos então ficar inertes em casa esperando que os mesmos se "desembecilizem", que os problemas se resolvam por si, ou que os que detem o poder economico (que no fim das contas é o único que conta em todo mundo, mesmo) repentinamente tomem consciência de toda injustiça social pela qual são grandes responsavéis e fraternalmente distribuam mais igualitariamente as riquezas deste país (oh! que lindo!)??

Ok, tem lixo que somente deseja aparecer, que pouco se importa com o assassinato da criança. Rebotalhos humanos que pouco se importam com outrem, somente com suas proprias fezes. E sempre existirão em todas a epocas e paises (imbecis não são uma exclusividade brasileira).
Que aguardam as cameras e luzes da midia se acenderem para começar o seu "protesto"
Porém qual o objetivo de quem protesta/se manifesta? Ser ouvido/visto. E qual é atualmente a melhor forma de se obter visibilidade? A TV. De que adiantaria protestar em um beco escuro e deserto de madrugada??

quinta-feira, 17 de abril de 2008

PirateBay cria blog com garantia de liberdade de expressão

PirateBay cria blog com garantia de liberdade de expressão

Liberdade de expressão deveria ser um direito sagrado em qualquer parte do mundo. Independente do assunto. Uma coisa é se expressar a favor do que quer que seja, é isto não deve ser punido. Outra é agir, fazer algo que seja contra a lei, mas a "lei" da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Essa sim a única lei a que deveriamos nos submeter, e não as leis criadas por ditadores, tiranos, sanguinarios que legislam em causa propria, para se perpeturem no poder (China, Cuba, Irã, Coreia do Norte, etc,etc, etc..). Segundo seus autores, desde que não se infrinja nenhuma lei sueca, nenhum assunto/post será censurado/deletado.
Bato palmas de pé para o pessoal do PirateBay.

Link para conhecer o blog: http://baywords.com/
O blog ainda será melhorado e sofrerá "upgrades" constantes que lhe acrescentarão mais recursos e será constantemente otimizado, segundo seus autores.

Entrevista para emprego

Entrevista para se conseguir um emprego, atualmente, nesses programas "pseudo humorísticos/jornalísticos" (a expressão inglesa "bullying" os descrevem com precisão):

_ Bem, por que voce acha que está qualificado a ingressar em nossa empresa?
_ Eu sou chato.
_ Bom! O que mais?
_ Sei também, ofender, humilhar, constranger, depreciar e achincalhar as pessoas.
_ Parabéns, está contratado.

sábado, 12 de abril de 2008

O inferno somos nós

" O inferno são os outros" (Jean- Paul Sartre)

Eu a interpreto essa frase de Sartre da seguinte forma:
As outras pessoas com quem convivemos é que nos fazem sofrer, ou seja, tornam nossas vidas um inferno.

Porém, será que ele não quis dizer, que nós sempre atribuimos aos outros a responsabilidade por nossos infortúnios, e nunca a nós mesmos.

Eu particularmente, acho que o inferno somos nós. Reside em cada um. Porém é algo independente de nossa vontade, pois afinal de uma certa forma, ninguém opta pela personalidade que vai ter... tipo... serei sereno, não farei maledicências, não serei violento etc.. De uma certa forma não escolhemos ser o que somos... se fosse opcional, todos escolheriamos ser "do bem". Aliás em geral ninguém se considera do mal... todos nos achamos os "mocinhos"...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Internet... a que será que se destina...

Uma das grandes qualidades e proposito da internet, em minha opinião, é exatamente a ajuda mútua sem fronteiras e, na maior parte das vzs, sem interesse algum, entre seus usuários, que não seja o de ajudar, proporcionar prazer, conhecimento, auxílio, a alguém. Tendo como retorno, o simples prazer de ter sido "legal".

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Revista erôticas ou de computação gráfica?

A Playboy, e a maioria das revistas erôticas atuais, deviam deixar de ser consideradas revistas erôticas e passar pra categoria de ficção cientifica ou CGI (computer generated imagery). Pois suas fotos são tão modificadas e alteradas em programas de computador que as fotos resultantes exibidas nas revistas, são tão "reais" quanto o Gollum de "Senhor dos aneis" ou Yoda de "Star Wars". Não se vê mais em suas paginas o registro fotográfico de uma mulher nua e sim o trabalho de um designer em computação gráfica.

domingo, 6 de abril de 2008

Charlton Heston


Na foto ao lado Charlton Heston em Ben-Hur de 1959, pelo qual ganhou um Oscar de melhor ator. Alías Ben-Hur ganhou no total 11 Oscar da Academia.

John Charlton Carter, como foi batizado, nasceu em Evanston, Illinois, no dia 4 de outubro de 1924.
Faleceu em 6 de abril de 2008 em Washington.

Nunca me esquecerei da cena final de "Planeta dos Macacos" e o quão chocado fiquei com as frases de Heston e a revelação final. Aliás Heston está fantastico em todo esse filme. Heston emprestava uma força, uma dignidade, uma autoridade ao seus personagens, que pelo menos em mim, dava a impressão de que ali estava o lider, o homem a se seguir e confiar. Fiquei triste com sua morte, eu fui/sou seu fã.


Heston defendia o direito dos cidadãos comprarem armas. Foi inclusive presidente da NRA (National Rifle Association
). Também apoiou direitos civis dos negros nos anos 60 e era amigo de Martin Luther King.

Eu separo as convicções pessoais de um artista de sua arte. A arte de Heston sempre me agradou.

Charlton Heston em "Planet of the apes" de 1968.

Frases célebres de "Planet of the apes":

_ "Take your stinking paws off of me you damn dirty ape!"

_ "We finally really did it! You maniacs! You blew it up! Damn you! God damn you all to hell!"


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Perguntar não ofende. Não ofende!???

Nunca concordarei que molestar quem quer que seja deva ser considerado divertido e quem não concorda em brincar é um "mala" ou "moralista" "mau-humorado", um chato politicamente correto. Existem pessoas que acham que vc deve achar divertidissimo ser achincalhado, agredido física ou psicologicamente. São autores de "piadas" em que só eles riem. Da mesma forma que ele tem todo o direito de achar divertido, eu também tenho de não achar. Ou sou obrigado a ter o mesmo senso de humor dele? Sou obrigado a participar da brincadeira?

Uma coisa é vc de livre e expontânea vontade ir, por exemplo, a um programa de entrevista e portanto deve estar preparado para todo tipo de pergunta (embora eu ache que respeito a dignidade é o mínimo a se esperar de um entrevistador). E se você vai a um programa para falar do seu trabalho, não é obrigado a responder perguntas que fujam desse tema, previamente acordado. E é obvio que se a pessoa vai a determinados programas, o do Jõao Gordo por exemplo, já tá careca de saber o nível das perguntas dele (que adora ofender e achincalhar seus entrevistados, e depreciar o trabalho artistico dos outros. Como se ele fosse um Mozart e sua obra um tesouro para humanidade), se a pessoa vai, azar o dela, aguente o tranco.

Agora é completamente diferente vc estar em um evento e um reporter te abordar pra te agredir, te ofender, te humilhar e envergonhar!!! E ainda com o intuito de ganhar dinheiro com isso, "aparecer" na midia e para os seus pares!!!! Tenho que achar isso divertido?

Vejam o caso do Victor Fazano (e varios outros). O cara tinha ido assistir um show (direito dele, não é porque é famoso que é obrigado a ficar encarcerado em casa), não tinha ido divulgar nada. Chega um cretino e faz perguntas ofensivas, debocha por que o mesmo não tá conseguindo emprego, faz insinuações sobre sua sexualidade... etc. E o cara tem que "entrar na onda"?

E perguntar ofende sim. Não se esqueçam que somos seres emocionais tambem, e não somente racionais. Para quem acha que "perguntar não ofende", posso fazer uma pergunta?: (Bem, melhor não perguntar nada. Mas poderia fazer um monte de pergunta que machucaria e indignaria qualquer um, inclusive incluido seus familiares.

A sociedade precisa de regras e limites sim, se não for assim, daqui a pouco devemos achar divertido levar tapa na cara em plena rua. Afinal dá audiencia e tanta gente ri, né!?. Deixemos de ser malas politicamente corretos, e vamos levar a vida com mais humor né gente.!?
Se respeitar a os sentimentos alheios e procurar não machucar, magoar alguem é ser "mala", chato, politicamente correto; bem então eu sou bem mala e não me envergonho de se-lo.

Totalitarismo, não. Porem falta de respeito com os sentimentos das pessoas, muito menos.