sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Dinheiro

Em uma notícia sobre o Steve Jobs (CEO da Apple), que lí recentemente; no campo destinado aos comentários dos leitores, havia uma discussão entre dois leitores. Um meio que "idolatrando" Jobs, pelo seu sucesso, principalmente financeiro, mas também pela sua criatividade, talento gerencial, etc. E o outro leitor, argumentando que, por mais bilhões que ele tenha, vai morrer como qualquer ser humano, e não vai poder levar/desfrutar nenhum desses bens, no caixão (morto).

Ou seja, a velha discussão/argumento de que, dinheiro não traz felicidade.
Não vou entrar no mérito do que seja felicidade, esse conceito tão subjetivo.
Mas gostaria de expor uma reflexão racional, acerca desse argumento; "Dinheiro não traz felicidade".

Ok, dinheiro somente, não traz a felicidade, embora ajude um bocado. Mas esse argumento de que não se pode levar/desfrutar de seus bens/dinheiro num caixão(depois de morto) é tão idiota, em minha opinião. Pois essa é uma "verdade" óbvia, mesmo. As aspas é devido ao fato, de que na verdade, até onde sabemos (ou ao menos, até onde eu saiba), não se há comprovação incontestável da existencia ou não de uma vida pós-morte, e do que seria nececessário para viver bem lá :).

Mas o fato é que, ninguem junta dinheiro para levar/usar para o pós-morte (se é que existe um pós-morte); mas sim para usar enquanto se está vivo, para se ter uma vida confortável, prazeirosa, sem privações materiais, médicas, acesso a boas escolas, boa educação, etc. Doenças, tristezas, desilusões amorosas e familiares, todos nós estamos sujeitos; mas, é mais confortável passar por elas com dinheiro no bolso, do que sem. Principalmente no caso de doenças, que podem sim, ser evitadas/curadas/amenizadas caso se tenha como pagar por um tratamento. Ele (e ninguém) não vai viver eternamente (será que não!?), por ter dinheiro, mas que já poderia ter deixado de viver a muito tempo, pela falta dele, não há duvida.

Resumindo; é melhor passar por essa vida; e por suas agruras e prazeres, que atingem ricos ou pobres; com recursos financeiros, do que passar por tudo isso e ainda por cima sofrer, talvez um pouco mais, por dificuldades oriundas da falta de grana.

Eu prefiro ser um infeliz rico, do que um infeliz pobre (embora eu esteja mais na segunda opção :>) ).

Evidentemente, há que ter um mínimo de sabedoria, bom senso, para se usar o dinheiro. Você deve "mandar" no dinheiro, e não o contrário.
Dinheiro é para nos trazer conforto; a nós e a quem amamos, queremos bem.
Ele tanto pode ser uma dádiva, como uma maldição. E nem sempre depende de nós, o que ele virá a a ser.

Esse tema me lembrou um caso, que ocorreu comigo, há alguns anos.
Uma vez em uma discussão com um sujeito, sobre o valor da educação, do estudo, da leitura, da cultura enfim; ele me questionou:

— Estudar/ler para que!? Para morrer culto!?
Ao que respondi:

— Para viver culto.

"Ele (e ninguém) não vai viver eternamente (será que não!?), por ter dinheiro."

Ao escrever a frase em negrito acima, me veio a mente, que, muito das descobertas e avanços da ciência, da bio-tecnologia, nos levam a crer que pode-se um dia, talvez, ser alcançada a imortalidade, sim.
Células tronco, orgãos artificiais, clonagem, nano-tecnologia, etc, são tecnologias/ciências ainda na aurora de seus desbravamentos, e podem vir a nos trazer respostas para o qual, ainda nem sabiamos as perguntas.

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