terça-feira, 8 de julho de 2014

Vacinação

Imagine a seguinte situação:

Você tem que seguir o conselho de 3 pessoas em relação a uma situação que pode trazer graves consequências a você ou outras pessoas. Por exemplo: Vacinação.

Essas pessoas são:
1) uma celebridade qualquer: um astro de um filme de enorme sucesso, um cantor/músico de enorme talento em sua área - a música -;

2) um religioso de qualquer religião (um padre, pastor, rabino, pai-de-santo...);

3) e um médico.

O conselho de qual delas você consideraria mais confiável seguir sobre vacinar ou não seu filho contra uma doença grave que pode lhe ocasionar graves sequelas [incluindo deformações físicas, paraplegia ( Paralisia dos dois membros inferiores do corpo, geralmente acompanhada de paralisia do abdômen, bexiga e reto), esterilidade,...] e até mesmo mata-lo?

A de uma pessoa que estudou e estuda sobre tal doença, e se baseia em estudos, experiencias, pesquisas e estatísticas favoráveis à vacinação, feitas ao longo de meses, anos, décadas, séculos até, e que tem registros de milhares de vidas salvas. Ou seja, o conselho do médico, ou dos outros dois (celebridade ou religioso), que são contrários à vacinação.

Os argumentos contrários da celebridade é que a vacina pode causar mal, ao invés de bem. Ao invés de imunizar contra a doença, a mesma pode é infectá-lo com a doença que deveria te proteger ou provocar outra. Alegação feita sem comprovações isentas, avaliadas por outros especialistas, e/ou, casos comprovados do que alega, atestado por fontes isentas, ou em quantidade estatisticamente mais relevante do que os casos de sucesso da vacina. Ah! a celebridade não tem nenhuma formação na área de medicina, e/ou estudos, pesquisas independentes que corroborem seus argumentos.

Afinal, existem auto-didatas geniais, e pode-se, sim, aprender fora das instituições formais de ensino/educação. Mas para adquirir respaldo e se tornar confiável é necessário que se apresente algum trabalho/resultado que comprove suas alegações, e que os mesmos sejam submetidos a testes, comprovações, feitas por seus pares de forma isenta, independente e livres de quaisquer interesses escusos. Afinal só a palavra de uma pessoa não pode servir  de base para uma decisão, atitude, em que a vida de alguém está em jogo.

O principal argumento contrário do religioso é de que a vontade de Deus deve prevalecer. Ou seja, não devemos tomar atitude nenhuma em função de evitar a doença em nossos filhos (ou em nós mesmos); devemos deixar que Deus aja. Se for da vontade dele, nós teremos a doença, e suas consequências, ou nós curaremos sem sequelas, ou somente algumas que for da vontade de Deus, ou até nem pegaremos doença alguma. Pois se for da vontade de Deus que soframos a doença ou morramos, não há nada, vacina nenhuma, que impeça a vontade de Deus.
Resumindo, não façamos nada, para buscar uma vida mais saudável para nós ou nossos filhos, pois tudo já está decidido por Deus. E quem pode contra Deus, né!?
Ah! o religioso, também, não tem nenhuma formação na área de medicina, e/ou estudos, pesquisas independentes que corroborem seus argumentos.

Vejam bem, todos os seres humanos, gênios ou não, estudados ou não, religiosos ou não; são falíveis, e podem cometer erros crassos, inclusive naquilo em que são melhores, em que são referencias, naquilo em que se dedicam e estudam e estudaram durante anos.
Todos estão sujeitos a erros, a falhar, e com isso prejudicarem a si mesmos ou a terceiros.
E em todas as áreas há mal profissionais, desonestos, charlatães, mercenários, gente do mal.
E no caso da vacinação, os próprios médicos, cientistas, pesquisadores, reconhecem que há uma probabilidade de algum número minoritário de pessoas terem efeitos colaterais, até mais prejudiciais caso não tomassem a vacina. E eles não escondem isso de ninguém. Mas são minoritários. Em sua grande maioria a vacinação traz mais benefícios que malefícios. Já não se vacinar traz em sua maciça maioria, dor, sofrimento e morte.
Existem estatísticas que corroboram isso.

Como eu, e acredito a maioria da população, não sou pesquisador, médico, cientista, e não tenho nem conhecimento, recursos (que não são poucos), nem talento, e nem tempo (que em alguns casos pode levar décadas ou mais), para desenvolver minhas próprias pesquisas a respeito; prefiro correr o risco de me vacinar e a meus filhos. O risco de sermos um dos casos minoritários é menor do que o de adquirir a doença caso não nos vacinemos.

Tá! Ok! Pode haver uma grande conspiração malévola que esconde de toda a população mundial o verdadeiro mal que é a vacina. Mas até que surja provas inequívocas disso, prefiro me arriscar com as vacinas.

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