Confira, também, no vídeo (atualizado):
Um fato que ocorreu comigo, quando estudava física (não lembro mais se no 2º grau ou se no curso técnico de eletrônica), mais especificamente eletricidade, o movimento dos elétrons, e que mudou minha visão do mundo, da ciência, da religião, da vida. Diria até que foi dos fatos mais cruciais que me ocorreu e que me moldou na pessoa que sou hoje (para o bem ou para o mal).
O professor (ou professora, tbm, não lembro mais... :( ), explicava, baseada num livro didático, que a energia elétrica era oriunda dos movimentos dos elétrons dentro de um material condutor (fios de cobre por exemplo). Aí eu me virei pra um colega do lado e comentei:
Se “apenas uma teoria” fosse objeção a alguma coisa, criacionistas também deveriam ser “antigravitacionistas”, “antiatomistas” e “antirelativistas”.
E mesmo assim, até a teoria gravitacional apresenta grandes desafios (Milgrom 2002), mas mesmo assim o fenômeno da gravidade, assim como a evolução, continua sendo um fato.
Os aspectos da evolução dia-a-dia - variabilidade genética, mudanças morfológicas, mudanças funcionais, e seleção natural – ocorrem em taxas consistentes com ancestrais em comum.
Ainda mais, as diferentes linhas de pesquisa são consistentes entre si, todas elas apontam para o mesmo fato. Por exemplo, evidências à partir da duplicação dos genes no genoma do levedo mostram que sua habilidade para fermentar glicose evoluiu cerca de oito milhões de anos atrás. Evidências fósseis mostram que frutas fermentáveis se tornaram comuns em torno do mesmo período de tempo. Outras evidências genéticas que mostram essa mudança são encontradas em plantas e insetos frutíferos, também no mesmo período (Benner et al. 2002).
As evidências são massivas e consistentes, e todas apontam para o mesmo fato consumado da evolução, incluindo ancestralidade comum, mudança com o tempo, e adaptação influenciada pela seleção natural. Seria presunção demais não aceitar esses fatos como evidência científica.
O professor (ou professora, tbm, não lembro mais... :( ), explicava, baseada num livro didático, que a energia elétrica era oriunda dos movimentos dos elétrons dentro de um material condutor (fios de cobre por exemplo). Aí eu me virei pra um colega do lado e comentei:
- Que garantia a gente tem disso, que realmente é isso mesmo que ocorre (que os elétrons se movem dentro do material condutor)!?
A resposta dele, como disse, mudou pra sempre minha visão, minha percepção do mundo, da realidade, da ciência:
- Enquanto explicar isso (e apontou para sua calculadora eletrônica, para a lâmpada acesa.).
[Ou seja, enquanto, baseado nessa teoria, conseguirmos os resultados esperados.]
Naquele momento algo mudou na minha cabeça pra sempre, foi como se um tapa-olhos fosse tirado dos meus olhos, dos dois.
Uma resposta curta, simples e genial.
Serei grato a esse colega pelo resto da minha vida.
Compreendi que a ciência não se baseia em acreditar, em achar, querer, não é uma questão de ter fé. É uma questão de evidencias, resultados, provas, respostas.
Baseada em hipóteses, realiza-se testes, e de acordo com os resultados chega-se a uma teoria cientifica (e o conceito de teoria em ciência é diferente do conceito popular. No fim desse texto deixo o conceito de teoria cientifica). E com base nessa teoria cientifica cria-se tecnologias, serviços, aparelhos, maquinas das quais desfrutamos, e até dependemos pra viver (remédios, marca-passos, cirurgias, próteses, etc.).
Então quando vejo, hoje em dia, ser cada vez mais comum, pessoas negando, repudiando a ciência, principalmente quando vai de encontro à suas crenças religiosas, como o "Big Bang" ou a "Evolução das Espécies", me pergunto se essas pessoas também negam, repudiam seus smartphones, computadores, a internet, seus carros, o GPS, TV, radio, transplantes de órgãos, cirurgias, remédios, etc., etc., etc....
E me pergunto, por que os cientistas mentiriam em questões como a Teoria da evolução das especies e a teoria do Big Bang (que, segundo alguns, o correto é uma grande Expansão, e não Explosão)??
Em todas as outras eles falaram a verdade, mas nessas duas principalmente, que contradizem crenças religiosas, eles estariam mentindo??
- Enquanto explicar isso (e apontou para sua calculadora eletrônica, para a lâmpada acesa.).
[Ou seja, enquanto, baseado nessa teoria, conseguirmos os resultados esperados.]
Naquele momento algo mudou na minha cabeça pra sempre, foi como se um tapa-olhos fosse tirado dos meus olhos, dos dois.
Uma resposta curta, simples e genial.
Serei grato a esse colega pelo resto da minha vida.
Compreendi que a ciência não se baseia em acreditar, em achar, querer, não é uma questão de ter fé. É uma questão de evidencias, resultados, provas, respostas.
Baseada em hipóteses, realiza-se testes, e de acordo com os resultados chega-se a uma teoria cientifica (e o conceito de teoria em ciência é diferente do conceito popular. No fim desse texto deixo o conceito de teoria cientifica). E com base nessa teoria cientifica cria-se tecnologias, serviços, aparelhos, maquinas das quais desfrutamos, e até dependemos pra viver (remédios, marca-passos, cirurgias, próteses, etc.).
Então quando vejo, hoje em dia, ser cada vez mais comum, pessoas negando, repudiando a ciência, principalmente quando vai de encontro à suas crenças religiosas, como o "Big Bang" ou a "Evolução das Espécies", me pergunto se essas pessoas também negam, repudiam seus smartphones, computadores, a internet, seus carros, o GPS, TV, radio, transplantes de órgãos, cirurgias, remédios, etc., etc., etc....
E me pergunto, por que os cientistas mentiriam em questões como a Teoria da evolução das especies e a teoria do Big Bang (que, segundo alguns, o correto é uma grande Expansão, e não Explosão)??
Em todas as outras eles falaram a verdade, mas nessas duas principalmente, que contradizem crenças religiosas, eles estariam mentindo??
Será que há uma conspiração envolvendo cientistas há vários seculos, países, culturas com o intuito de mentir para toda a humanidade???
E veja bem, não estou afirmando que eles não possam estar errados. São seres humanos, e falham.
- Isaac Newton falhou supondo que o tempo fosse absoluto. Einstein provou que era relativo (depende da velocidade, da força gravitacional).
- Albert Einstein falhou afirmando que o universo era estático, e depois se retratou após Edwin Powell Hubble provar que o universo estava em expansão.
E há inúmeros outros exemplos de equívocos cometidos por grandes cientistas.
E também, não estou afirmando que cientistas não mintam. Há vários casos de cientistas desonestos, mentirosos, arrogantes, por vários motivos: ganancia, vaidade, crenças religiosas, etc...
Mas ao longo dos anos, décadas, séculos, suas afirmações são postas à prova e senão se confirmarem, são descartadas. A ciência não é dogmática.
Por mais tempo que possa perdurar (frequentemente através da violência, terror), um dia a realidade irá derrubar a mentira.
Experiências, testes, raciocínios, reflexões lógicas, evidencias, fatos irão trazer à tona a verdade.
Por séculos acreditou-se que a terra era o centro do universo e que tudo girava em torno dela; que a terra era plana (hoje ainda, também, né :( ); que tomates eram venenosos, etc.
E não defendo que devemos "acreditar" em cientistas cegamente. Pelo contrário, devemos ser céticos sempre (na acepção: Disposição para duvidar de tudo). Céticos no sentido de aceitar a probabilidade de suas afirmações, mas não como algo definitivo, absoluto, inquestionável, imutável.
Mas, também não podemos ser cegos às evidências, aos fatos, aos resultados ao nosso redor, em nossas mãos (nesse momento estou em um computador, com acesso à internet, utilizando energia elétrica, iluminado por uma lâmpada, sentado em uma cadeira revestida de plástico, ao lado de uma geladeira, etc....).
Até que uma nova explicação seja proposta e comprovada mediante testes/resultados, tendo a aceitar (mesmo que provisoriamente) as respostas propostas para as perguntas científicas, que trazem os resultados (produtos/serviços) que usufruímos.
E o fato de você não ter como comprovar as teorias cientificas, não significa que outros não possam. Seja por você não ter formação acadêmica, acesso à recursos para tais experiencias/testes; ou por falta de capacidade cognitiva (inteligencia), mesmo. Por que sejamos realistas, a verdade é que algumas pessoas são mais inteligentes que outras, mesmo. Seja no geral ou, principalmente, em determinadas áreas. A pessoa pode ser genial em História e um fracasso em Matemática (e vice-versa). Ótimo em Humanas e péssimo em exatas.
Por exemplo o Big Bang. Por que se chegou à teoria de que o mesmo ocorreu?
Porque se o universo está expandindo, conclui-se que em um tempo, provavelmente, esteve totalmente coeso, comprimido.
E como já disse, seus achismos por si só não possuem valor pra refutar essa teoria.
Quer propor outra explicação? Estude, pesquise, teste e apresente dados, evidencias, comprovações físicas, logicas, matemáticas, de suas afirmações. Submeta-as à comunidade cientifica e aguarde seu Nobel, se se provarem verdadeiras, trazerem os resultados esperados. E o Nobel, além do valor cientifico, do prestígio, traz um recompensa financeira que não é de desprezar, hein?! O valor da premiação do Nobel foi fixado em 2012 em oito milhões de coroas suecas (1,260 milhão de dólares).
Mesmo que você seja desapegado ou não precise de dinheiro, dá pra fazer bastante caridade com ele, não!?
Enfim, devemos ser humildes para reconhecer nossas limitações.
E, eu particularmente, dou mais credibilidade à pessoas que ao longo dos anos, seculos, pesquisaram, estudaram, testaram, puseram à prova, permitiram que outros avaliassem, estudassem, confirmassem suas alegações, teorias; do que naqueles que me apresentam uma verdade absoluta, inquestionável, eterna.
A principal qualidade da ciência é ser incansável em sua busca por respostas e principalmente não ser dogmática, não se impor como inquestionável, absoluta, imutável. Sua qualidade é exatamente ser flexível, corrigível, mutável; se permitir ser corrigida, descartada, com novos conhecimentos, evidências, argumentos.
A ciência não tem todas as respostas e nem finge ter ou busca se impor como se tivesse.
Mas, embora não infalível, ainda é o que mais próximo nos poê das respostas.
**********
E veja bem, não estou afirmando que eles não possam estar errados. São seres humanos, e falham.
- Isaac Newton falhou supondo que o tempo fosse absoluto. Einstein provou que era relativo (depende da velocidade, da força gravitacional).
- Albert Einstein falhou afirmando que o universo era estático, e depois se retratou após Edwin Powell Hubble provar que o universo estava em expansão.
E há inúmeros outros exemplos de equívocos cometidos por grandes cientistas.
E também, não estou afirmando que cientistas não mintam. Há vários casos de cientistas desonestos, mentirosos, arrogantes, por vários motivos: ganancia, vaidade, crenças religiosas, etc...
Mas ao longo dos anos, décadas, séculos, suas afirmações são postas à prova e senão se confirmarem, são descartadas. A ciência não é dogmática.
Por mais tempo que possa perdurar (frequentemente através da violência, terror), um dia a realidade irá derrubar a mentira.
Experiências, testes, raciocínios, reflexões lógicas, evidencias, fatos irão trazer à tona a verdade.
Por séculos acreditou-se que a terra era o centro do universo e que tudo girava em torno dela; que a terra era plana (hoje ainda, também, né :( ); que tomates eram venenosos, etc.
E não defendo que devemos "acreditar" em cientistas cegamente. Pelo contrário, devemos ser céticos sempre (na acepção: Disposição para duvidar de tudo). Céticos no sentido de aceitar a probabilidade de suas afirmações, mas não como algo definitivo, absoluto, inquestionável, imutável.
Mas, também não podemos ser cegos às evidências, aos fatos, aos resultados ao nosso redor, em nossas mãos (nesse momento estou em um computador, com acesso à internet, utilizando energia elétrica, iluminado por uma lâmpada, sentado em uma cadeira revestida de plástico, ao lado de uma geladeira, etc....).
Até que uma nova explicação seja proposta e comprovada mediante testes/resultados, tendo a aceitar (mesmo que provisoriamente) as respostas propostas para as perguntas científicas, que trazem os resultados (produtos/serviços) que usufruímos.
E o fato de você não ter como comprovar as teorias cientificas, não significa que outros não possam. Seja por você não ter formação acadêmica, acesso à recursos para tais experiencias/testes; ou por falta de capacidade cognitiva (inteligencia), mesmo. Por que sejamos realistas, a verdade é que algumas pessoas são mais inteligentes que outras, mesmo. Seja no geral ou, principalmente, em determinadas áreas. A pessoa pode ser genial em História e um fracasso em Matemática (e vice-versa). Ótimo em Humanas e péssimo em exatas.
Por exemplo o Big Bang. Por que se chegou à teoria de que o mesmo ocorreu?
Porque se o universo está expandindo, conclui-se que em um tempo, provavelmente, esteve totalmente coeso, comprimido.
E como já disse, seus achismos por si só não possuem valor pra refutar essa teoria.
Quer propor outra explicação? Estude, pesquise, teste e apresente dados, evidencias, comprovações físicas, logicas, matemáticas, de suas afirmações. Submeta-as à comunidade cientifica e aguarde seu Nobel, se se provarem verdadeiras, trazerem os resultados esperados. E o Nobel, além do valor cientifico, do prestígio, traz um recompensa financeira que não é de desprezar, hein?! O valor da premiação do Nobel foi fixado em 2012 em oito milhões de coroas suecas (1,260 milhão de dólares).
Mesmo que você seja desapegado ou não precise de dinheiro, dá pra fazer bastante caridade com ele, não!?
Enfim, devemos ser humildes para reconhecer nossas limitações.
E, eu particularmente, dou mais credibilidade à pessoas que ao longo dos anos, seculos, pesquisaram, estudaram, testaram, puseram à prova, permitiram que outros avaliassem, estudassem, confirmassem suas alegações, teorias; do que naqueles que me apresentam uma verdade absoluta, inquestionável, eterna.
A principal qualidade da ciência é ser incansável em sua busca por respostas e principalmente não ser dogmática, não se impor como inquestionável, absoluta, imutável. Sua qualidade é exatamente ser flexível, corrigível, mutável; se permitir ser corrigida, descartada, com novos conhecimentos, evidências, argumentos.
A ciência não tem todas as respostas e nem finge ter ou busca se impor como se tivesse.
Mas, embora não infalível, ainda é o que mais próximo nos poê das respostas.
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A metodologia científica
O árduo trabalho do cientista passa por diversas etapas até sua publicação.
Teoria científica é o conjunto de conhecimentos que procura explicar, com alto grau de exatidão, fenômenos abrangentes da natureza, ou seja, é diferente do significado da palavra "teoria" utilizada no dia a dia, no senso comum, quando dizemos que algo “é apenas uma teoria”, no sentido de que é uma mera especulação. Um exemplo de teoria científica é a Teoria da Evolução, que explica como espécies se transformam ao longo do tempo.
O método científico engloba a observação de um fato; elaboração de uma “pergunta” acerca desse fato, com base em uma teoria que precisa ser explicada; e formulação de uma hipótese, consistindo em possíveis respostas testáveis para esta pergunta.
Muitas vezes o cientista testa sua hipótese por meio de situações experimentais como forma de confirmar ou refutar suas deduções. Quando é refutada, esse deverá modificar a hipótese ou substituí-la por outra.
Geralmente, quando são necessárias experimentações, utiliza-se um “grupo-controle”, que será o objeto de comparação. Por exemplo, para verificar se a água de determinado ribeirão está poluída pode-se utilizar métodos de ecotoxicologia, que constitui em depositar concentrações crescentes desta água em diferentes aquários contendo dois peixes de mesma espécie e idade (grupo experimental) e, como grupo controle, dois peixes em um aquário contendo água de torneira. Após o tempo necessário, compara-se a situação dos animais das diferentes concentrações com o grupo experimental, permitindo que os resultados e hipóteses sejam validados ou não.
A publicação em revistas científicas especializadas seria a última etapa do processo. Esta é uma forma de divulgar o trabalho e permitir que outros cientistas repitam a experiência e confiram os resultados ou se baseiem para outras pesquisas.
Hipóteses confirmadas por diversas experiências e experimentos poderão ser consideradas leis e um conjunto de leis e hipóteses poderão formar uma teoria. Todas as duas, apesar da credibilidade no meio científico, podem ser corrigidas e aperfeiçoadas à medida que novas descobertas são lançadas. O fato, muitas vezes confundido também com o que vem a ser teoria, reformula e rejeita esta, na medida em que teorias são passíveis de modificação: ele redefine e esclarece-as, melhorando os conceitos propostos por elas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Biologia - Brasil Escola
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
ARAGUAIA, Mariana. "A metodologia científica"; Brasil Escola. Disponível em. Acesso em 10 de setembro de 2017.
Fonte:
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-metodologia-cientifica.htm
====================
Você sabe a diferença entre “teoria Científica” e "teoria popular"?
Muitas vezes as pessoas confundem “Teoria Científica” com teoria popular, por puro desconhecimento dos termos. Uma teoria científica é o grau máximo de comprovação de uma hipótese.
Da mesma forma que a Teoria da Relatividade, a Teoria da Gravitação, e a Teoria Atômica, a Teoria da Evolução é cientificamente aceita por apresentar evidências científicas.
E a Teoria da Evolução já foi comprovada, tanto em campo quanto em laboratório. É de grande utilidade em áreas como epidemiologia, controle de pragas, pesquisas medicinais, entre outros (Bull and Wichman 2001; Eisen and Wu 2002; Searls 2003).
Outra confusão é entre teoria e fato. Teoria não é fato, mas sim composta por fatos. Dizemos que a evolução é um fato, e que a teoria da evolução explica o fato.
O árduo trabalho do cientista passa por diversas etapas até sua publicação.
Teoria científica é o conjunto de conhecimentos que procura explicar, com alto grau de exatidão, fenômenos abrangentes da natureza, ou seja, é diferente do significado da palavra "teoria" utilizada no dia a dia, no senso comum, quando dizemos que algo “é apenas uma teoria”, no sentido de que é uma mera especulação. Um exemplo de teoria científica é a Teoria da Evolução, que explica como espécies se transformam ao longo do tempo.
O método científico engloba a observação de um fato; elaboração de uma “pergunta” acerca desse fato, com base em uma teoria que precisa ser explicada; e formulação de uma hipótese, consistindo em possíveis respostas testáveis para esta pergunta.
Muitas vezes o cientista testa sua hipótese por meio de situações experimentais como forma de confirmar ou refutar suas deduções. Quando é refutada, esse deverá modificar a hipótese ou substituí-la por outra.
Geralmente, quando são necessárias experimentações, utiliza-se um “grupo-controle”, que será o objeto de comparação. Por exemplo, para verificar se a água de determinado ribeirão está poluída pode-se utilizar métodos de ecotoxicologia, que constitui em depositar concentrações crescentes desta água em diferentes aquários contendo dois peixes de mesma espécie e idade (grupo experimental) e, como grupo controle, dois peixes em um aquário contendo água de torneira. Após o tempo necessário, compara-se a situação dos animais das diferentes concentrações com o grupo experimental, permitindo que os resultados e hipóteses sejam validados ou não.
A publicação em revistas científicas especializadas seria a última etapa do processo. Esta é uma forma de divulgar o trabalho e permitir que outros cientistas repitam a experiência e confiram os resultados ou se baseiem para outras pesquisas.
Hipóteses confirmadas por diversas experiências e experimentos poderão ser consideradas leis e um conjunto de leis e hipóteses poderão formar uma teoria. Todas as duas, apesar da credibilidade no meio científico, podem ser corrigidas e aperfeiçoadas à medida que novas descobertas são lançadas. O fato, muitas vezes confundido também com o que vem a ser teoria, reformula e rejeita esta, na medida em que teorias são passíveis de modificação: ele redefine e esclarece-as, melhorando os conceitos propostos por elas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Biologia - Brasil Escola
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
ARAGUAIA, Mariana. "A metodologia científica"; Brasil Escola. Disponível em
Fonte:
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-metodologia-cientifica.htm
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Você sabe a diferença entre “teoria Científica” e "teoria popular"?
Muitas vezes as pessoas confundem “Teoria Científica” com teoria popular, por puro desconhecimento dos termos. Uma teoria científica é o grau máximo de comprovação de uma hipótese.
Da mesma forma que a Teoria da Relatividade, a Teoria da Gravitação, e a Teoria Atômica, a Teoria da Evolução é cientificamente aceita por apresentar evidências científicas.
E a Teoria da Evolução já foi comprovada, tanto em campo quanto em laboratório. É de grande utilidade em áreas como epidemiologia, controle de pragas, pesquisas medicinais, entre outros (Bull and Wichman 2001; Eisen and Wu 2002; Searls 2003).
Outra confusão é entre teoria e fato. Teoria não é fato, mas sim composta por fatos. Dizemos que a evolução é um fato, e que a teoria da evolução explica o fato.
Se “apenas uma teoria” fosse objeção a alguma coisa, criacionistas também deveriam ser “antigravitacionistas”, “antiatomistas” e “antirelativistas”.
E mesmo assim, até a teoria gravitacional apresenta grandes desafios (Milgrom 2002), mas mesmo assim o fenômeno da gravidade, assim como a evolução, continua sendo um fato.
Os aspectos da evolução dia-a-dia - variabilidade genética, mudanças morfológicas, mudanças funcionais, e seleção natural – ocorrem em taxas consistentes com ancestrais em comum.
Ainda mais, as diferentes linhas de pesquisa são consistentes entre si, todas elas apontam para o mesmo fato. Por exemplo, evidências à partir da duplicação dos genes no genoma do levedo mostram que sua habilidade para fermentar glicose evoluiu cerca de oito milhões de anos atrás. Evidências fósseis mostram que frutas fermentáveis se tornaram comuns em torno do mesmo período de tempo. Outras evidências genéticas que mostram essa mudança são encontradas em plantas e insetos frutíferos, também no mesmo período (Benner et al. 2002).
As evidências são massivas e consistentes, e todas apontam para o mesmo fato consumado da evolução, incluindo ancestralidade comum, mudança com o tempo, e adaptação influenciada pela seleção natural. Seria presunção demais não aceitar esses fatos como evidência científica.
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Cientistas Famosos
Cientistas famosos da esquerda para a direita: Marie Curie, Niels Böhr, Michael Faraday, Albert Einstein, Linus Pauling, Mendeleiev e Rutherford
Os cientistas são uma peça fundamental para o desenvolvimento do conhecimento científico. Eles contam com conhecimento, treinamento, intuições, premonições e até mesmo com a sorte, pois em alguns casos suas descobertas ocorreram por acaso.
Entretanto, na maioria das situações, as descobertas e invenções contaram com horas, dias, meses e até anos de incansáveis estudos e pesquisas. Como disse o famoso inventor Thomas Edison: "Gênio é 1% de inspiração e 99% de transpiração".
Além disso, alguma observação ou descoberta feita por determinado cientista muitas vezes contribuía para que outro passasse a mudar o seu ângulo de visão sobre o assunto e, por meio de novos estudos, fizesse descobertas ainda mais importantes. Portanto, as ideias de cada cientista, mesmo que não se transformassem em leis ou mesmo que depois tenham sido derrubadas por novas descobertas, eram essenciais para o desenvolvimento e a evolução da Ciência.
Tudo que sabemos hoje, e que continuamos cada vez mais a descobrir, foi e continua sendo graças ao trabalho incansável de grandes cientistas. Desse modo, esta seção incluirá não só as descobertas e invenções dos cientistas famosos da Química, Física e outras ciências relacionadas, mas também mostrará como foi a vida pessoal de cada um desses cientistas.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química
Fonte:
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