Mensagem deixada por uma usuária, na pagina do Graffite, em resposta a eu postar o texto que está nas
Informações/Sobre da Página (e que ninguem lê :( :
" - nossa bom vc falar...qual seu problema com religiao??eu hein aa
q bom..nao vou dxr a comunidade por vc n ser religioso mais pela sya falta de
fe!!!!! :-(
- um cara assim n deveria nen gostar do graffite
"
Algumas pessoas acreditam que ter fé, uma religião; é uma obrigação, e uma
virtude; e o contrário, consequentemente, seria um defeito, algo do que se
envergonhar. E que ter fé/religião, já a torna, automaticamente, uma pessoa melhor do que aqueles que não professem nenhuma fé religiosa (o que eu conheço de bandidos, gente que faz mal aos outros, religiosos... !!!).
Tenho poucas coisas sobre mim mesmo, da qual sinto orgulho. Mas se tem algo
do que eu sinto orgulho, é exatamente de ter conseguido me desvencilhar das
malhas das religiões e livros sagrados. E isso não é fácil, visto que somos
desde a infância doutrinados a acatá-los sem questionamento.
Sou agnóstico; portanto não afirmo e nem nego a existência de um Deus.
Ser agnóstico é, simplificadamente, isso. É não se achar capaz, intelectualmente
apto/dotado para afirmar ou negar qual seria a verdade absoluta acerca da
origem do universo, da vida... de tudo.
Isso (me) traz algum benefício?! Muito pelo contrário. Agnósticos e ateus
(que alguns pensam ser a mesma coisa), são, segundo algumas pesquisas, as
pessoas mais repudiadas da sociedade, no mundo todo:
http://lista10.org/miscelanea/os-10-grupos-de-pessoas-mais-odiados-do-brasil/
Justamente por essa minha postura, de não mentir sobre minhas convicções
religiosas, eu sou repudiado por algumas pessoas, inclusive na família. Parece
que sinceridade, para fanáticos religiosos, só é uma virtude, se não for
discordante com as crenças religiosas dos mesmos, caso contrário, é algo
desprezível, digno de repudio, punição (divina ou humana, mesmo).
Logo os religiosos que pregam a sinceridade, o não mentir, como uma das
principais virtudes apreciadas por Deus.
Nem recomendo que as pessoas, desde que não queiram sofrer malefícios de outrem,
se revelem ou sempre digam a verdade sobre suas convicções, pois sinceridade,
em muitos casos, e nesse especificamente, definitivamente não irá lhe trazer
benefícios e nem a aprovação da sociedade, muito pelo contrário, isso será
usado contra você, e vão sim lhe prejudicar, lhe alijar, lhe fazer mal por
isso.
Não ter uma religião não implica, como podem pensar os obtusos, fanáticos
religiosos, que eu me sinta livre para fazer "o mal", para
"pecar" , para prejudicar a outrem, causar deliberadamente
sofrimento/prejuízo algum, a quem quer que seja.
A última coisa no mundo que quero é causar qualquer dano, a qualquer ser
desse planeta. Tento ser uma pessoa que só leve felicidade/bonança a qualquer
ser vivo.
Porém, como ser humano falho como qualquer outro, cometo erros, tenho emoções
negativas que as vezes me dominam, levando-me a errar com os outros, e
consequentemente causando dor/mal, a eles e a mim mesmo.
Não professar uma religião, não implica em ser desprovido de amor ao
próximo, de bons sentimentos, de não ser capaz de fazer concretamente o bem aos
outros.
Justamente por não ter certeza de termos uma divindade amorosa e principalmente justa, olhando e intervindo
por nós, é que busco, e acho que todos deveriam fazer o mesmo, auxiliar,
cooperar com meu próximo. Prego que devemos ser um pelo outro, nos ajudarmos
aqui mesmo na terra, pois não há garantia de compensação extra-vida. Temos que
tentar ser felizes e levar felicidade ao próximo, é aqui e agora, mesmo.
Conheço algumas pessoas que pensam que não há muito problema em fazer algum
mal para alguém aqui, pois depois Deus compensa essa pessoa na pós-vida.
Perigosa essa convicção.
Ser ou não um cristão, judeu, muçulmano, espírita, adepto do candomblé, e um
longo etc., não torna ninguém um ser do mal, ou do bem.
Acredito no seguinte:
Não se iludam. Vocês (nós), só têm uma religião/crença, porque foram desde o
berço doutrinados/programados e aterrorizados para a ela se submeter. A
aceitá-la cegamente, e sem questionamentos, sob a pena de sofrimento eterno
caso não o façam.
Libertem-se.
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