segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Globalização

O que me mata de raiva na “globalização”, é sua “seletividade”. Ela só funciona realmente quando é coisa ruim. Vide o caso dessa crise atual da economia ( 2008). Aí sim, todos os paises, principalmente os pobres e os chamados em desenvolvimento (Brasil incluido), “participam” da globalização, sofrendo as consequencias e pagando a dívida pelos erros e ganancia dos paises ricos, industrializados [ riqueza e industrialização, que eles obtiveram roubando, explorando, matando, chupinhando, etc, suas "colonias" (nós), por séculos a fios].
Ou seja, nós somos “parceiros” só nó prejuizo.

Agora quando é coisa boa, ai fica restrito a eles.
Ou por um caso nós temos a mesma qualidade de vida que eles desfrutam? Temos sua renda per-capita? Temos o mesmo poder aquisitivo deles? Temos o mesmo nivel educacional deles? Temos a mesma porcentagem de cidadãos com curso superior que eles?? Etc, etc, etc…
Enfim, globalização da miséria. Essa sim é globalizada.

Evidente, que mesmo entre o G7, tem pessoas pobres. Não existem somente millionarios entre eles. Todo país tem seus nichos de miséria. O problema é a porcentagem da população que vive em condições miseravel em paises do dito 1º mundo e os demais paises. (Repito, eles alcançaram a prosperidade de forma torpe. Explorando, roubando paises, mas vendendo a idéia de que nos ajudavam, ou nem isso, roubavam na “tora”, mesmo.)

Agora uma dúvida? Como se pode afirmar, como fazem alguns (urubús carniceiros de mau agouro que torcem pela miséria alheia e só ficam felizes quando suas “maldições” se realizam) que os preços não retornarão mais aos patamares anteriores nunca e que agora é hora de comprar?? Como prever os rumos da economia mundial e mais especificamente a brasileira com tanta exatidão??? Logo a economia mundial em que essas previsões me parecem tão “precisa” quanto a meteorologia, há alguns anos atrás (mesmo hoje em dia, já vi muita previsão de sol, e voltei pra casa encharcado).

Bem, eu não sou formado em economia, nem marketing, alías não tenho nenhuma formação académica que me qualifique a fazer previsões sobre a economia mundial, porém como todo ser humano também tenho sensações (ou como diriam aqueles que adoram um estrangerismo, mesmo quando ele não se faz necessário: “feeling” ), e também uma salutar “falta de vergonha” de dizer o que pensa. Em suma, sou um palpiteiro.

E com base em minhas sensações, e fazendo uso do meu direito de palpitar, digo que discordo daqueles que dizem que a hora de comprar é agora. Eu acho que não; devemos aguardar essa turbulencia amainar. Acredito que os preços voltarão em no máximo um ano aos patamares atuais e pontualmente até um pouco inferiores.

Acho que só se deve comprar agora se o produto estiver no mesmo patamar de antes da crise ou “estourando” até 15% mais caro. Acima disso não compre, pois estão te roubando, aproveitando dessa balburdia toda pra te explorar, “embasados” em “gurus” da economia, que me parecem mais querem é ver tudo subir mesmo pois devem estar ganhando de alguma forma com essa crise (sempre há os velhacos que faturam com a disgraça, medo e ingenuidade alheias). Se deixarmos o que não faltarão serão pilantras para nos oferecer suas “promoções” imperdíveis em troca de nossos suados salários.

Acho que a população não deve se submeter aos preços aviltantes que querem nos impor, tanto agora, quanto antes ou depois da crise. Somente nós população temos poder de impedir esse achaque. Compre somente o necessário, não pague fortunas por um produto que não vale o que lhes estão pedindo (pesquise o preço no exterior).
Vejam o caso do I-phone aqui no Brasil. Por que vendem aqui a esse preço escorchante e com planos idem? Porque tem trouxa ou babaca exibicionistas que pagam.
Deixem eles mofarem nas prateleiras para voces verem se os preços não caem; com ou sem crise.

Acredito também (muito mais que uma crença, uma esperança) que a população acostumada com patamares menores de preço e com melhor poder aquisitivo (embora o nosso poder aquisitivo seja bem inferior ao dos paises de “1º mundo”, mas estava um pouco melhor que agora), não irá aceitar que a situação fique pior do que o que estava, e irá reagir no sentido de retornar aos padrões anteriores e até melhora-los. Mas somente nós podemos reverter isso. Boicotando, comprando na concorrencia, aquardando, abrindo mão de produtos que no fim das contas não são essenciais, etc.

Não prego vivermos espartanamente dentro de cavernas. Todos merecemos conforto, mas devemos deixar de ser “gado” que fica a mercé de espertalhões travestidos de bons pastores. Eu mesmo ia comprar uma placa de video, a RADEON HD4850, mas não vou mais. Ela estava por volta de R$590,00 onde ia comprar, agora subiu para R$729,00 (cerca de 23% de aumento em cima de um preço que já não era nenhuma pechincha, comparado aos preços praticados em países cujo a população é menos “pacata”). Estava juntando uma grana e ia pega-la no inicio de dezembro.
Se esse preço não baixar eu não compro. Compro uma outra inferior, não compro nenhuma, fico com minha onboard mesmo. Seria uma compra que me traria prazer, sim, mas não é essencial adquirir uns frames a mais naquele joguinho, ou uma luzinha e sombra mais bonitinha, as custas de cair nas arapucas de especuladores que não produzem nada de útil para a humanidade.

Na série norte-americana para TV " The Big Bang Theory" no episódio 9 da 1º temporada, o personagem Sheldon, interpretado por Jim Parsons, diz a seguinte frase:

“Temos que ser nutridos, expelir excrementos e respirar para nossas células não morrerem, o resto é opcional.”

No original em inglês;

"We have to take a nourishment, to expel waste, and inhale enough oxygen to keep our cells from dying.
Everything else is optional."

Devemos rever nossos valores, que estão muito distorcidos. Valoriza-se por demais bens materiais que não são essenciais a nossa existência. Podemos viver felizes e saudáveis sem muitas das coisas que idolatramos. Os fabricantes e o pessoal de publicidade adora essa nossa facilidade de sugestonamento de que um, I-Phone por exemplo, é essencial para sermos felizes, para sermos admirados, aceitos. Ou seja, nos tornam em meros idiotas com bolsos abertos. E assim que tal produto está saturado no mercado, lançam uma nova "necessidade".

Nada tenho contra o comércio e o lucro. Só não aceitarem nunca a exploração do ser humano por outro. Por que para uma pessoa viver com conforto, saúde, educação, lazer, etc; centenas de outras têm que praticamente passar fome (algumas passam mesmo) e trabalhar num regime escravo viciado, que não lhe dá chance de sair dessa situação? Na Pratica um sistema de castas. Um Karma maldito imposto a muitos por uma minoria canalha.

Pronto, é isso. Deve ter dito muita besteira. Mas acho que as vzs devemos seguir nossas próprias sensações e pensarmos/decidirmos por conta própria. Não devemos o tempo todo seguir cegamente o dedo de outrem.
Corremos o risco de “quebrarmos a cara”, com certeza. Mas também podemos acertar. Não existe bola de cristal para o futuro.
Há sim, analise do passado, do presente, de dados, de pessoas (que são imprevisíveis), e uma tentativa de previsão do futuro. Mas mesmo assim essas previsões não passam de tentativas somente.

E concordo com todos que dizem que se o produto estiver com preços no patamar pré-crise, deve-se comprar agora, caso necessite mesmo. O problema é que tem muito “espertalhão” (entre aspas, pois para mim quem rouba de seus próprios compatriotas, e contribui para que seu país não evolua é um canalha mau caratér, que devia é ser deportado para um país que ponha na cadeia esse tipo de gente) remarcando beeem pra cima seus estoques antigos, aproveitando essa paranóia toda para nos extorquir.

Os preços aqui no Brasil, já são naturalmente um assalto, com ou sem crise, pois o povo em geral reclama muito, mais paga.
Quem muda esse país para melhor (ou pior), somos nós, gente.
Não aceitem pagar, e não comprem por R$2.000,00 um produto que lá fora custa U$199,00 dolares, não.
É preferível abrir mão de certos luxos e vaidades do que contribuir para enriquecer canalhas, parasitas da sociedade, e contribuir para eternizar essa injustiça social e essa hedionda distribuição de riqueza.

Bem, eu vou arriscar aguardar. Posso me dar mal, mas seguirei minha cabeça e quardarei meus parcos Reais, para mais adiante. Se errar paciencia. A vida é assim mesmo. Acertamos algumas e erramos (bastante) em outras.

Mas tentarei a sorte.
Se eu acertar, ótimo, senão, a vida continua. Levanto, sacudo a poeira e dou a volta por cima.

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