quinta-feira, 3 de julho de 2008

Turma da Mônica Jovem (Teen)

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Matéria publicada no jornal Estado de Minas em 02 de julho de 2008.

ESTADO DE MINAS
QUARTA FEIRA, 2 DE JULHO DE 2008

CULTURA

Maurício de Souza lança nova série de revistas. Personagens amados pelas crianças chegam aos 15 anos e passam a viver as alegrias e os problemas da adolescência.

MÔNICA VAI FICAR COM CEBOLINHA

"Jovem tende a dramatizar as coisas e a ser introspectivo, preocupado com um assunto ou outro. É idade penumbrosa, em que todas as dúvidas surgem na cabeça"
Maurício de Souza

WALTER SEBASTIÃO

Não há quem, lendo as histórias de Mauricio de Souza, vez ou outra não fique imaginando qual o futuro da Turma da Mônica. A resposta chega às bancas em agosto. A garota que adora surrar meninos que a provocam ganha revista nova, com histórias longas, em três edições. Os garotos têm agora idade entre 15 e 16 anos e experimentam todas as alegrias e dramas da juventude. "E versão bem mangá" avisa Maurício de Souza, de 73 anos. "São emoções, devaneios, percepções que a criança chuta para longe e coisas que decidimos quando somos adultos", conta. Ele não revela se Magali, "pós-adolescente e pré-adulta", engordou de tanto comer. Ou se Cascão já toma banho. "Para saber tem de esperar a revista", brinca. Mas avisa que, na história de estréia, rola um clima entre Mônica e Cebolinha, indicando que eles não querem mais ser só amiguinhos.


[Mauricio de Souza sempre acreditou na qualidade dos quadrinhos brasileiros]
(BETO NOVAES/EM/D.A PRESS - 23/3/04)


Divertido, como conta Maurício de Souza, está sendo reinventar o visual da turma — "emoções puxam outros desenhos, expressão". E, depois, adentrar "na alma" dos personagens. "Jovem tende a dramatizar as coisas e a ser introspectivo, preocupado com um assunto ou outro. E idade penumbrosa, em que todas as dúvidas surgem na cabeça", observa. Ele até chamou psicólogos e estudiosos de comportamento juvenil para dar apoio à equipe de criação. "Mas acho que a assessoria deles não vai ser necessária. Sou pai de 10 filhos e já passei por tudo", observa. "Vamos tratar de todos os assuntos em tom de conversa, tendo o cuidado de não chocar, mas nada é proibido", avisa. "São revistas para o público que deixa de ler a Mônica aos 10 anos e só volta depois de casado, quando lê as histórias para os filhos", explica.

O projeto é antigo, mas, explica Maurício, precisava de um momento adequado para ser realizado. Que chegou com a popularidade dos mangás, a entrada da turma da Mônica no Japão e contato mais intenso com a Ásia. Que valeram a ele trabalhos na China ("é planeta em expansão"): os personagens dele vão estar em games, jogos, material paradidático de programas de alfabetização para crianças de 6 e 7 anos, via meios eletrônicos, que, estima, vão atingir 180 milhões de pessoas.

Com relação ao sequestro do filho, Maurício de Souza diz que é passado."Graças a Deus não deixou seqüelas no garoto, o que é mais importante. Mas mudou um pouco a nossa rotina. Hoje temos mais cuidado. Mas a vida continua e acho que, apesar de tudo, vale a pena pensar no melhor e viver bem", afirma. A enorme popularidade vinda de quase cinco décadas de atividades, que fez o artista tão popular quanto suas criações, é recebida com prazer. "Sinto-me o próprio tio da criançada. Todas vêm falar comigo. E um assédio suave, gostoso, simpático e muito agradável, que adoro. No aeroporto, uma mãe veio pedir que escrevesse bilhete incentivando o filho a ler. É algo que faço com alegria. Atendo todos sem problema, até para eles verem que encontrar comigo por aí é mais fácil do que se imagina", garante.

REPÓRTER POLICIAL
Maurício de Souza nasceu em Santa Isabel, interior de São Paulo, passou a infância em Mogi das Cruzes e, mais tarde, foi para a capital paulista. É filho do barbeiro Antônio Maurício de Souza que, assim como a mãe, Petronilha Araújo de Souza, é poeta. Tem três irmãos. Enquanto estudava, trabalhou em rádio. E para ajudar no orçamento doméstico, desenhava cartazes e pôsteres. Mas o sonho era tornar-se autor de histórias em quadrinhos. Realizar o desejo levou tempo. Depois de vários elogios ao que fazia, mas sem conseguir que as tiras fossem editadas, seguiu conselho de amigo para trabalhar em jornal e, lá dentro, conquistar espaço para sua arte. "Comecei como copidesqui e, em três semanas, aceitei vaga de repórter policial. E gostava muito, me sentia mocinho de cinema", conta. O desenhista lembra que foram cinco anos na atividade. "A reportagem quase me fisgou. Mas era fase de crise política, de tumulto na rua, e vi que não era o que queria fazer" recorda.

" Trabalhar em jornal foi importante. Cheguei prolixo e o redator-chefe falou: enxuga o texto. Isso fez diferença. A Disney tinha grandes balões e, escrevendo de forma sucinta, liquidei a fatura", explica. Os primeiros personagens, ainda em em 1959, foram o cão Bidu e o anjo Franjinha. "Mostrei na redação, acharam legal e começaram a publicar. Casado, filho novo, descobri que duas tiras não davam para fazer a feira. E passei a fazer três tiras diárias, o que era dureza. Surgia então o Piteco, o Chico Bento, o Cebolinha, sem sapato, por falta de tempo para desenhar", conta, explicando que deve-se ao mesmo motivo o pouco cabelo do personagem. Paralelo a essas atividades, cria rede de distribuição para dar suporte ao trabalho, o
que acaba levando ao surgimento da Turma da Mônica, em 1970. "Sempre acreditei que era possível fazer quadrinhos no Brasil. Mas não saí atirando às cegas. Estudei como os norte-americanos faziam e adaptei ao mercado brasileiro", conta, avisando que é trabalho de equipe.


Turma da Mônica

SPIRIT E BOLINHA
Influências? "Sou filho de duas vertentes. De Will Eisner, do Spirit, o maior autor de quadrinhos que já existiu. Sempre gostei da maneira como trata qualquer assunto e de um jeito diferente, o que me deu coragem para criar. No desenho, a influência veio do Ferdinando, da Luluzinha e do Bolinha, do Brucutu", responde. E elogia ainda Monteiro Lobato –"um visionário e revolucionário". "Criei tudo para não sair da filosofia e da arte, trabalho com todo o cuidado artístico e de conteúdo. Diariamente, analiso, normalmente pela internet, histórias criadas por 10 roteiristas", conta.

Na prancheta do autor, no momento, estudos para abrir capital da empresa visando à distribuição internacional das revistas, que já são editadas em 22 línguas, e presença dos desenhos animados nas TVs de todo mundo. Lazer? "Meu trabalho é diversão. Mas gosto de passeios, fotografia, viajar, culinária etc.", conclui.

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Eu sempre gostei da Turma da Mônica e até hoje, embora não compre mais as revistas, sempre que vou em algum lugar que tenha alguma, eu não resisto, pego pra ler.

7 comentários:

Mariana disse...

eu já tenho as tr~^es revistas já lançadas e adorei todas... espero que continue por anos e anos!

William disse...

Obrigado, Naniks, pelo comentário. Realmente, "Turma da Monica" é tudo de bom :>)

Neila Grenzel disse...

eiii. eu queriia mto leer essas historiias novas, mas nãão achoo ;/
não teem algum sitee que para ler?

Anônimo disse...

Eu adoro a Turma da Mônica desde peq. e agora que eles estão jovens estão mais lindos ainda. Gostaria de ver daqui muito tempo eles mais velhos e com seus filhos (que eles ñ sejam iguais a Turma por mim tudo bem!!!). Já tenho a 4ª edição; sempre compro em bancas de jornal ou pela intenet. Bjo, e ñ parem de fazer.

Anônimo disse...

Bem, acho que o melhor lugar para se consegui-la é em uma banca de revista ou livraria, né?? :) , principalmente se vc realmente gosta dos personagens, pois assim vc contribuirá para que os autores tenham condições de continuar a produzir/sobreviver.

Mas... dá para encontra-las nas redes torrents e p2p e em alguns blogs/sites.

Os arquivos, costumam vir com a extensão .cbr ou .cbz ,
existem programas para abri-los e le-los, lá no proprio site.
Mas eu prefiro renomea-los e descompactar com o Winrar as imagens que eles contem e ve-las em um visualizdor de fotos/imagens. Basta renomear os .cbr para .rar e os .cbz para .zip.
Ai descompacte-os com o Winrar.

Anônimo disse...

gente!!!!!!!!!eu amo essa turminha de paixãoooo...eles são d+;e mais d+ ainda é quem os criou..o nosso mestre MAURÍCIO DE SOUZA...muito obrigado por me fazer feliz...bjos e continuem trazendo alegrias para todos..turma da mônica jovem e criança,é bom d+...

Anônimo disse...

NÃO TEM GIBI MELHOR DO Q OS DA TURMA DA MÔNICA,AMEI A NOVIDADE DA TURMA DA MÔNICA JOVEM,É MUITO LINDO..AMO ESSA TURMA MUITOOO..BJOSSS